Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Percebemos que a existência do mal no universo é o problema mais sério para aqueles que crêem em Deus. Para o adorador sincero, as desventuras que povoam a terra trazem inquietações e perplexidade. Chega a ser notável o fato de que, num mundo com tantos sofrimentos, a maioria continue acreditando num Deus amoroso e bom. Alguém pode até dizer que são os dissabores que empurram o homem para a fé, mas isso não faz sentido. Pelo contrário; é apesar do mal, e não por causa dele, que as pessoas se apegam ao Criador. As dores e injustiças do mundo são o argumento mais forte dos ateus.
Deus existe e tem domínio sobre o mal
Creio que Deus existe. Acredito que Ele é perfeito em sua bondade. Acredito que Ele é ilimitado em seu poder. E apesar disso observo injustiças, desastres, tragédias e desgraças. Esse é o enigma do mal, um impasse mais intrincado do que qualquer esfinge seria capaz de conceber. O pensador cristão C. S. Lewis resumiu-o da seguinte maneira: “Se Deus fosse bom, Ele desejaria fazer suas criaturas perfeitamente felizes, e, se Deus fosse todo-poderoso, poderia fazer tudo o que quisesse. Mas as criaturas não são felizes. Portanto, parece faltar a Deus bondade, poder ou ambas as coisas. Esta é a questão do sofrimento colocada em sua forma mais simples”.
Engana-se quem pensa que a Bíblia nada tem a dizer sobre a dor. Ao longo de suas páginas, ela nos fornece muitas explicações. As Escrituras ensinam que as pessoas são sofrem sempre do mesmo jeito, nem pelas mesmas razões. Deus pode enviar a dor aos perversos como julgamento pelo pecado. (Jó 4.8), ou usá-la para fazer com que um ímpio se arrependa e seja salvo (Sl 119.67). Até na vida dos justos o sofrimento tem serventia. Eventualmente o crente será afligido, como um meio de disciplina (Hb 12.7) ou para prevenir uma queda (2 Co 12.7). Quando alguém permanece fiel na tribulação, presta testemunho aos homens, aos anjos e aos demônios (Jó 2.3). O sofrimento promove santificação (1 Pe 4.1), purifica a fé (1 Pe 1.7), gera perseverança (Tg 1.3), conduz à perfeição (Hb 2.10), aproxima-nos dos sofredores (2 Co 1.4) e nos fazem semelhantes a Jesus (1 Pe 4.13).
Deus tem o controle quando o mal nos atinge
Fica claro que o Senhor não desmerece a dor dos seus filhos; Ele a emprega nos propósitos mais elevados. Segundo a Palavra de Deus, há muitas ocasiões em que encontramos explicação para o sofrimento. Para isso, basta substituirmos o “por quê” por um “para que”.
Tal ensinamento é legítimo. Ele tem oferecido consolo a um número incontável de sofredores. Não devemos, em hipótese alguma, menosprezar seu valor. Entretanto há ocasiões em que a questão do sofrimento parece ficar sem resposta. Algumas coisas ruins acontecem sem que consigamos enxergar nelas razão ou utilidade. Aparentemente, elas não têm um “por-quê”, e, muito menos, um “para quê”. São como um absurdo do destino, em capricho do céu. Cedo ou tarde, umas dessas coisas acontecem conosco.
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Fonte: www.artigosbiblicos.com.br