No evangelho de João 2.23, está escrito: “E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome.” Glória a Deus! 

Naquela ocasião Jesus estava participando de uma das três maiores festas do povo judeu, a Páscoa. A comemoração era em alusão a saída ou libertação do povo hebreu do Egito, quando foram escravos por mais de 400 anos, bem como a travessia deles pelo Mar Vermelho em direção à Terra Prometida sob o comando de Moisés. 

Nessa festividade comemorava-se simbolicamente a passagem da escravidão para a liberdade. No hebraico, a palavra páscoa significa: “passar ou saltar por cima”, quando o anjo da morte, ou o anjo destruidor, passou por sobre as casas dos hebreus no Egito que estavam assinaladas com o sangue nas ombreiras das portas, poupando os da morte, enquanto que na casa dos egípcios o anjo matava os primogênitos. 

Podemos então observar, que o animal exigido por Deus, foi um cordeiro, animal jovem, ou seja, com menos de um ano de idade. 

Para os judeus, a festa da Páscoa acontecia anualmente em Jerusalém. Começava no mês primeiro do calendário judaico, aos 14 dias do mês, no crepúsculo da tarde. Iniciava com uma refeição sacrificial. Os elementos que relembravam a história de liberdade dos hebreus consistiam de um cordeiro assado, ou um cabrito, pães asmos e ervas amargas. O cordeiro servia para recordação do sacrifício; o pão sem fermento, da pureza; e as ervas amargas da servidão amarga do Egito.


 

Naquela ocasião, Jesus estava presente na festa, mas, simbolicamente e espiritualmente, o cordeiro morto no Egito e o sangue aspergido nos umbrais das portas das casas dos hebreus, apontava para Ele mesmo, para Cristo; o sangue, seu sacrifício na cruz. Ou seja, todo o simbolismo da festa da páscoa, era e continua sendo de caráter espiritual, e não material, como se vê nos dias atuais. Páscoa, aponta para Cristo e sua obra na cruz. 

Quando João Batista, o precursor de Jesus batizava no Rio Jordão àqueles que iam até ele, ao ver Jesus se aproximando, declarou que Jesus era o “Cordeiro de Deus”, João 1.29: “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” Mais tarde, o apóstolo Pedro em sua primeira carta 1.18 e 19, escreveu: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,”. 

Há uma diferença entre a Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã. Pois na judaica, os judeus comemoram a passagem da escravidão para a libertação (Egito à Canaã). Na Páscoa Cristã, os cristãos comemoram a passagem da morte para a vida durante a ressurreição de Jesus Cristo, o Messias. E essa comemoração ocorre através de dois emblemas instituídos pelo próprio Jesus, pão e vinho, a denominada Santa Ceia. Essa ordenança chama a nossa atenção para a mensagem principal do Evangelho: a morte e ressurreição de Jesus.

 

Esses dois acontecimentos são os mais importantes da História! Ao morrer na cruz, Jesus pagou o preço por nossos pecados e nos ofereceu o perdão de Deus. Quem crê nele não está mais condenado. Ao ressuscitar, Jesus provou que sua vitória foi completa. Agora temos a promessa da ressurreição e da vida eterna. Quando participamos da Santa Ceia, mostramos ao mundo que Jesus Cristo nos salvou e tem poder para salvar a todos que creem nele.  

Mas, de onde surgiu o intruso coelho e ovos na festa da páscoa? Esses elementos que roubaram a cena integram a Páscoa do mundo.


Existem muitas histórias quanto ao surgimento desses dois personagens, coelho e ovos. Mas, ficaremos com uma das que possui uma maior relação. 

Praticamente todas as culturas antigas tinham a sua Páscoa, que sempre estava relacionada à adoração a deuses, com o objetivo de pedir chuva para regar a terra, a fim de preparar para a agricultura. No norte da Europa, os antigos pagãos adoravam a deusa da primavera chamada de Eostre. De acordo com os estudos, o ponto alto das festividades em louvor a essa divindade ocorria em março, no início da primavera do hemisfério norte, período em que muitas culturas antigas celebram sua Páscoa, que é um festival aos deuses da fertilidade da primavera. Ainda segundo a lenda, o animal preferido de Eostre é o coelho, por ser considerado muito fértil.

 

Já os ovos de Páscoa, não tem relação direta com o coelho, pois coelho não bota ovo. Mas, conforme a crença pagã, por serem vistos como símbolo de vida, nascimento e ressurreição, os ovos são os alimentos preferidos dessa deusa. Porém, tudo isso não tem nada a ver com o verdadeiro sentido da Páscoa.

 

Enquanto os pagãos apresentavam coelhos e ovos para agradar sua deusa Eostre, o Deus verdadeiro, como um cordeiro, na pessoa de Jesus Cristo, entregou sua vida para salvar a humanidade, conforme João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” 

O príncipe deste mundo, Satanás, é o comandante de todo o sistema o qual se opõe as obras de Cristo. Seu intento, em influenciar às pessoas a colocarem novos personagens ou elementos diante dessa tão linda festa, a de lembrar e comemorar a libertação do homem pecador ao Reino de Cristo, possui por trás disso tudo, a estratégia de fazer minar ou desejar apagar da mente das pessoas, a figura principal da Páscoa, que é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Mas isso não acontecerá. Jesus, Ele mesmo declarou em João 12.32: “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.”



Enquanto as escrituras não se cumprir em sua totalidade, sempre haverá a oposição das trevas contra as obras de Cristo. Mas, não tem problema. O Senhor Jesus completou a sua missão dada pelo Pai ao morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia para salvar os que creem. Como disse Paulo em Romanos 5.20: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”. A Graça de Deus é maior e o inimigo da alma humana já foi derrotado! 

Nessa Páscoa, esqueça ovos e coelhos e lembre-se de Jesus, o verdadeiro “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” 



No texto que lemos no início da mensagem fala que Jesus estava em Jerusalém na festa da páscoa, e durante o evento, muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram no seu nome. É esse o objetivo da Páscoa, levar às pessoas a crerem e serem salvas na pessoa de Cristo. 


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 Referências:

1. Bibliaon "O significado da Santa Ceia", disponível em: <https://www.bibliaon.com/santa_ceia_significado_origem/>, acesso em 5 de abril de 2023.

2. Wikipédia "Eostre", disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Eostre>, acesso em 5 de abril de 2023.

3. Toda matéria "Páscoa Judaica", disponível em: <https://curt.link/x29Eww>, acesso em 5 de abril de 2023.

4. CPB mais "Cordeiro ou Coelho", disponível em: <https://mais.cpb.com.br/meditacao/cordeiro-ou-coelho/>, acesso em 5 de abril de 2023.

5. O.S. Boyer, Pequena enciclopédia Bíblica (São Paulo, SP: Editora Vida, 1978), p. 472.

6. CHAMPLIN, Russel Norman e BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia: Páscoa. Vol. 5. P-R. 4ª. ed. São Paulo: Candeia, 1997, p. 99.

7. BÍBLIA SAGRADA. Português. Bíblia América Lite. Tradução de João Ferreira de Almeida. Forene-Satuba - Alagoas: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (ACF), Edição 2003 Elizeu Ferreira Araujo Junior.