O discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) abordou diversos temas, com a maioria se relacionando com as diretrizes do novo governo brasileiro e a defesa da soberania nacional sobre a floresta amazônica. No entanto, o mandatário também agradeceu a Deus por sua vida e citou o versículo João 8:32.
Bolsonaro falou por aproximadamente 30 minutos, e de forma altiva e direta, falou sobre liberdade religiosa, Direitos Humanos, meio-ambiente, Amazônia, demarcação de terras indígenas e política internacional, principalmente na América Latina. O presidente também declarou que seus antecessores, socialistas, quase conseguiram transformar o Brasil em uma Venezuela, com todos pobres e sem liberdade.
Com apontamentos objetivos, falou contra a manipulação praticada pela grande mídia, que distorce fatos e vende uma imagem negativa do país no exterior. Afirmou que o Brasil faz uma “defesa intransigente” da liberdade religiosa”, da preservação da família e dos direitos individuais, com equidade entre homens e mulheres. Também agradeceu a Israel pela parceria em momentos de desastres, como o rompimento da barragem de Brumadinho e os incêndios na floresta amazônica.
“Tudo o que precisamos é contemplar a verdade seguindo João 8:32: ‘E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”, disse o presidente, que também lembrou ter sido esfaqueado por um adversário político alucinado pela ideologia apregoada por seus antecessores. “Só sobrevivi por um milagre de Deus”, disse Bolsonaro. “Mais uma vez agradeço a Deus pela minha vida”.
Ideologia de gênero
O presidente foi objetivo ao se posicionar contra a erotização infantil: “Durante as últimas décadas nos deixamos seduzir, sem perceber, por sistemas ideológicos de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto”, afirmou, mencionando a tática gramcista usada pela esquerda, que se infiltrou “no terreno da cultura, da educação e da mídia”.
“A ideologia invadiu nossos lares para investir contra a célula mater de qualquer sociedade saudável, a família”, denunciou, acrescentando que a ideologia de gênero visa “destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo identidade mais básica e elementar, a biológica”.
O presidente disse também que a “ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele nos revestiu”.
Liberdade religiosa
A ONU, ao longo das últimas décadas, tornou-se um espaço de omissão sobre a perseguição religiosa a cristãos, com muitos representantes de governos diversos priorizando os casos em que muçulmanos alegam algum tipo de hostilidade em países ocidentais.
Nesse contexto, a fala de Jair Bolsonaro sobre o tema foi bastante desafiadora, pois mencionou, objetivamente, cristãos e judeus – este segundo grupo vem sofrendo agressões de grupos antissemitas na França, principalmente.
“A perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater de forma incansável. Nos últimos anos testemunhamos, em diferentes regiões, ataques covardes que vitimaram fiéis, congregados em igrejas, sinagogas e mesquitas”, disse o presidente, acrescentando que “o Brasil condena energicamente todos esses atos e está pronto a colaborar com outros países para a proteção daqueles que se veem oprimidos por causa de sua fé”.
“Preocupam o povo brasileiro, em particular, a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra missionários e minorias religiosas em diferentes regiões do mundo”, reiterou, manifestando apoio à criação do Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência baseados em Religião ou Crença, planejado para 22 de agosto. “Nesta data recordaremos, anualmente, aqueles que sofrem as consequências nefastas da perseguição religiosa”.
Elogios
O jornalista Alexandre Garcia, 78 anos, comentou o discurso de Jair Bolsonaro e o classificou como uma “boa notícia” para o país: “Foi um discurso muito abrangente, muito firme e muito direto. O discurso foi simples, mas foi um discurso de estadista. Ele expressou a vontade nacional”, elogiou em seu comentário para o jornal Gazeta do Povo.
“Eu fiquei surpreso com a abrangência e a qualidade do discurso que foi desde a política externa macro aos problemas de família no Brasil. Ele falou que ideologias estão prejudicando as famílias, a cultura, os meios de informação e as escolas. O presidente mostrou que esse é um novo Brasil. Eu diria que o título desse discurso seria: Bolsonaro apresenta ao mundo um novo Brasil. O país se recupera do caos, de uma demolição moral e econômica – e estamos nos recuperando pouco a pouco, já que tem pouco tempo do novo governo”, acrescentou.
Outro que festejou o desempenho do presidente foi o pastor Marco Feliciano (PODE-SP), um dos principais apoiadores de Bolsonaro no Congresso Nacional. “Honrou a Deus diante dos líderes mundiais reunidos na ONU, quando deu testemunho do milagre de sua recuperação, e terminou dizendo que está ali por graça e para a glória de Deus! Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. (Fonte: Gospel Mais)
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