VÍDEO DA MENSAGEM

INTRODUÇÃO: Observando como o soldado romano se vestia naquele tempo e a maneira como se armava com as armas romanas para cumprir a sua missão, e possivelmente com base no livro do profeta Isaías no capítulo 59 e o versículo 17, que diz: “Pois vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs o capacete da salvação na sua cabeça, e por vestidura pôs sobre si vestes de vingança, e cobriu-se de zelo, como de um manto.” Paulo imagina como seria importante o povo de Deus agir no sentido de se armar da armadura de Deus, armas espirituais, a fim de combater as hortes espirituais da maldade. Um povo completamente armado, forte, disciplinado e vigilante, haja vista que a vida cristã é um campo de batalha, e não um piquenique.  

No versículo 13, Paulo declara: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus”. O apóstolo ordena a posse dessas armas com um imperativo: TOMAI. Ele não ordenou que se fizessem armas, mas que se tomassem as armas espirituais já existentes. As armas humanas são frágeis e impróprias para essa batalha espiritual. Devemos armar de todas as armas, pois todo nosso corpo precisa de proteção.

Em Romanos 13.12, Paulo declara:A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz”.

Nós estamos em uma guerra espiritual, contra as hostes da maldade, o príncipe das trevas. Que usa a escuridão como elemento para produzir seus resultados a fim de querer nos destruir. Satanás provoca confusão, crimes, terror e todas a formas de miséria. Todos aqueles que estão desprovidos dessas armas, estão destinados ao fracasso.

Ele ainda acrescenta: “...para que possais resistir no dia mau...”. Que dia mau será este? Como será este dia? São várias indagações que lançamos sobre este dia, sabemos que nesta terra todos os dias se tornaram maus (Efésios 5.16), desde o dia da queda de Adão e Eva. Mas, o dia mau, é o dia em que as forças do mau atacam, e pode ser também o dia de derrota. Pois não sabemos o que nos espera em relação ao dia de amanhã. Exemplo disso é o patriarca Jó. Era fiel a Deus. E veja o que lhe aconteceu. Perdeu tudo que tinha. Mas não perdeu a sua fé em Deus, porque? Porque estava armado. Quando o dia mau chegou, ele estava municiado. Resistiu, permanecendo firme. Outro exemplo é o de Pedro. Preso no cárcere para ser morto depois da festa. Porém, por está armado com a armadura de Deus, permaneceu firme. 

VEJAMOS AS ARMAS NA QUAL PAULO SE INSPIROU:

Como falamos anteriormente, essas armas são uma figura das armas espirituais. São armas cujas peças formam um “todo” e envolvem “o corpo total”. A armadura inteira de Deus inclui:

1.   Armas defensivas para o corpo — “o cinto da verdade” e a “couraça da justiça” (v. 14);

a)   Cinto da verdade – O cinturão era usado pelos soldados para proteger a parte inferior do abdômen e prender sua túnica. Além disso, servia para segurar a sua espada. Ao se cingir com o cinturão, o soldado se preparava para guerra.

Da mesma forma, ao nos cingirmos com a verdade, que é a Palavra de Deus, nos preparamos espiritualmente para o combate contra o mal. Com a verdade, sinceridade e honestidade envolvendo nosso ser, estamos protegidos, firmes e aptos para enfrentar satanás e o seus anjos; 

b)  Couraça da justiça - Nas armaduras dos soldados, a couraça tinha a função de proteger os órgãos vitais. Essa peça geralmente era feita de couro resistente e cobrir todo o tronco do soldado, protegendo-o de golpes ou flechadas. Nos dias de hoje, corresponderia ao colete à prova de balas, usada pelos policiais. No sentido espiritual, veste essa “couraça”, quem vive em obediência ao Senhor Jesus, ou seja, quem caminha na Sua justiça. Pois Satanás, frequentemente, ataca nossos corações: o centro de nossas emoções, autoestima e confiança. A aprovação de Deus é a couraça que protege nossos corações. 

2.   A armadura para os pés — “calçados… na preparação do evangelho” (v. 15) - Os calçados são importantes para os pés do lutador na guerra. Nos tempos romanos, em que Paulo se inspirou para fazer a analogia das armas, o soldado usava um tipo de sandália com cravos nas solas que ajudavam o soldado a não deslizar, dan­do-lhe segurança. Portanto, a significação da expressão paulina para “calçados na preparação do evangelho da paz” tem a ver com a segurança da mensagem que pregamos. A “preparação” significa, prontidão em momentos inesperados. O Evangelho é poder contra as forças do mal, está lá em (Romanos 1.16); 

3.   Arma para as mãos — “o escudo da fé” (v. 16) - Nas guerras daqueles tempos, flechas com pontas de matérias inflamáveis acesas eram atiradas para dentro das cidades, afim de incendiar as suas construções. Há coisas dentro de nós que atrai os dardos inflamados, que são: desejos, apetites, paixões e concupiscências que guerreiam contra a alma e que só precisam de um toque de fogo para flamejar como barris de alcatrão, produzindo fumaça negra e espessa que escurece os céus. Como é que a fé nos protege? Um soldado cristão sem escudo é soldado vulnerável aos ataques satânicos. O conhecimento da Palavra de Deus forma o “corpo da fé”, ou seja, o escudo da fé que protege o crente contra as heresias e mentiras satânicas; 

4.   Armadura para a cabeça — “o capacete da salvação” (v. 17) - O capacete servia para proteger a cabeça. Nos tempos antigos, os capacetes eram feitos de bronze, de couro e com figuras decoradas de animais ou carrancas para intimidar o adversário ou para representar o usuário do capacete. O apóstolo usou a figura do capacete para representar a salvação. A cabeça é a parte mais vulnerável do corpo, por isso o soldado a protegia com um capacete. O crente, por sua vez, toma posse do “capacete” da salvação, que é a segurança máxima de sua vida, pois se a cabeça for atingida, ele corre o risco de perder a vida eterna. Satanás quer que duvidemos de Deus, de Jesus e de nossa salvação. Em nossa mente ocorre um verdadeiro campo de batalha, por isso ela precisa estar blindada contra tudo o que possa prejudicá-la. A todo instante o mal tenta implantar maus pensamentos, dúvida, medo, ansiedade e preocupações afim de bloquear a fé, o único canal de comunicação entre o ser humano e Deus. É preciso estar atento a todos os ataques satânicos e brindar a fé ocupando a mente com os pensamentos de Deus, que são adquiridos por intermédio da leitura diária da Sua Palavra; 

Em I Tessalonicenses 5.8, o apóstolo escreve: “Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação;” 

5.   Armadura para a boca — “a espada do Espírito” (v. 17) - A espada é a única arma ofensiva nesta lista da armadura. Há momentos em que precisamos empregar a tática ofensiva contra Satanás. Quando somos tentados, precisamos confiar na verdade da Palavra de Deus. As outras partes da armadura eram defensivas, essa é usada para o ataque e a defesa. A Palavra de Deus é descrita como sendo uma espada, porque penetra todos os disfarces do erro e porque desnuda “as ciladas do diabo”. Essa arma foi usada por Cristo durante a sua grande tentação. E continua sendo a única arma de ataque do crente. Seja qual for a forma da tentação, para nos levar ao desespero, descrença, cobiça, orgulho, ódio ou mundanismo, pode ser destruída e vencida por um “assim diz o Senhor”. A Palavra de Deus tem o propósito de ajudar o cristão na batalha contra o mal; 

6.   Encerramos com a última arma da relação de armaduras, a oração – “Orando em todo tempo...” (v.18) – Muitos soldados, antes de saírem para a missão, realizam orações. No batalhão da PM onde trabalho, todos os dias as equipes realizam momento de súplicas. Existe até a oração do taticano, feitas pela equipe de Força Tática. Todos, pedindo a Deus que possam, ao fim da escala, voltarem com vida para os braços de suas famílias. 

De acordo com a Bíblia de Estudo Pentecostal, a guerra do cristão contra as forças espirituais de Satanás exige dedicação a oração. A oração não deve ser considerada apenas mais uma arma, mas parte do conflito propriamente dito, onde a vitória é alcançada, mediante a cooperação com o próprio Deus. Deixar de orar diligentemente, sob todas as formas de oração, em todas as situações, é render-se ao inimigo e deixar de lutar. 

Que Deus abençoe você e sua família. Até breve, se Deus permitir!