Por pastor Deuramar Ribeiro - Desde o momento em que Jesus foi crucificado até a hora em que ele morreu na Cruz do Calvário, sete frases saíram de seus lábios. Foram palavras que tiveram profundo significado no Reino de Deus. Significado para o Pai que enviou o Filho; para o Filho que obedeceu à missão do Pai; para o inimigo da alma humana, Satanás, e para a própria humanidade, alvo do sacrifício de Jesus no Gólgota como porta de escape para o homem pecador. 

1. A primeira frase foi voltada ao PERDÃO – Lc 23.34, registra o momento em que Jesus fala: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”. Mesmo nas horas mais difíceis de sua vida, Jesus continua a nos revelar o tamanho de seu amor por nós. Diante do sofrimento na cruz, Ele continuou com a chama de seu amor acesa ao orar para que o Pai perdoasse aqueles que estava a lhe ferir. Isso nos ensina que devemos fazer o mesmo, orar por àqueles que sempre estão nos causando ferimento.  

2. No mesmo evangelho de Lucas 23.43, encontramos a segunda frase do Mestre relacionada à SALVAÇÃO DO QUE NELE CRÊ: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” Jesus estava afirmando e garantindo àquele ladrão arrependido, que na condição de roubador, foi condenado a morte por Roma e faltando poucos minutos para ele deixar esta terra, creu em Jesus como Salvador do mundo.

Ao contrário do outro ladrão, que estava nas mesmas condições de condenação, e desperdiçou uma oportunidade que tinha de se salvar, quando começou a escarnecer de Jesus. Este ladrão esteve ao lado do dono da vida, mas preferiu a morte eterna. Porém, ao ladrão que creu, pediu para que Jesus lembrasse dele. Deus não se esquece daqueles que lembram Dele, que lembram do que ele fez por nós, em nos enviar o Seu filho Jesus. Em Isaías 49.15, está escrito: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti.” 

3. A terceira frase de Jesus foi de AMPARO. Em João 19.26 e 27: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” Jesus era o filho mais velho de Maria. José havia morrido e Maria como viúva, precisava de amparo. Jesus, que sempre cuidou dela, percebeu que ela não podia ficar sozinha. Possivelmente os demais filhos de Maria tivessem se omitido do dever de amparar a mãe, pois as Escrituras falam em João 7.5 sobre a incredulidade por parte dos irmãos de Jesus: “Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” E foi justamente aí que o Senhor designou que João cuidasse dela assim que Ele partisse. E Maria, após a morte de Jesus, é levada por João para a sua casa e ela ficou sob a responsabilidade daquele discípulo amado.

4. A quarta expressão declarada por Jesus na cruz foi quanto à SOLIDÃO. O apóstolo Mateus 27.46, escreve: “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Esta frase faz parte do livro de Salmos 22.1 escrito e profetizado por Davi, quando demonstrava o sentimento de abandono em resposta ao silêncio de Deus: “DEUS meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego." 

Os discípulos de Jesus haviam sido por Ele ensinados a chamarem em suas orações, Deus de “Pai". Mas, lá na cruz, Ele O chamou de “Deus". Isso aconteceu simplesmente porque o Messias estava na condição de “maldito", por causa dos nossos pecados, conforme 2° Coríntios 5.21: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” E ainda, em Gálatas 3.13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. Usando as mesmas palavras proféticas de Davi, o clamor do nosso Salvador Jesus expressava a angústia que a Sua alma sentia naquele instante. O Seu sacrifício envolvia, além de humilhações, dor física diante dos chicotes, da coroa de espinhos e dos pregos encravados nas Suas mãos e nos Seus pés. Porém, a Sua maior dor e o Seu maior sofrimento era saber que estava separado do Pai e que não podia contar com a Sua presença naquele momento de tão grande aflição.

5. SEDE, é a quinta palavra proferida pelo Senhor. O registro bíblico se encontra no evangelho de João 19.28: “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.” Diante desse cenário, fica patente a natureza humana de Jesus, não era uma reclamação ou um pedido, mas uma afirmação clara de que Ele era de carne e osso, tinha fome e sede como todos os humanos. Ele passou por tudo isso calado, sem nada pedir, exceto por essa vez em que manifestou a Sua sede. Profeta Isaías 53.7, profetizou: "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca." Jesus, o Messias, se compadece de nós, pois Ele conhece todas as nossas dores. Através dessa frase, aprendemos que Jesus tem sede em mim, em você, em todos nós. Sede para que a sua alma tenha o mais depressa possível, um encontro com ele. 

6. A sexta frase de Jesus, é a de MISSÃO CUMPRIDA. A missão que o Pai lhe entregou. A passagem bíblica se encontra no mesmo capítulo 19 de João no versículo 30: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” Por meio dessa frase, “Está consumado”, Jesus agora, declara que a missão Dele na terra, de morrer pela humanidade perdida, havia sido cumprida. Ele sabia que lhe restava apenas alguns minutos de vida, e que o seu sacrifício estava sendo terminado, concluído de maneira perfeita, agradável aos olhos do Pai. Em Isaías 53.10,11, a Bíblia declara que aprouve Deus assim fazer quanto ao sacrifício de Jesus na cruz: “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.” 

7. Já a última frase do Mestre, foi a de SEGURANÇA TOTAL DO ESPÍRITO. Em Lucas 23.46, Ele diz ao Pai: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” Ele se rende, entregando ao Pai o que do Pai foi dado a cada ser humano, o Espírito. Em Eclesiastes 12.7, a Bíblia declara: “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” O corpo de Jesus não virou pó, pois Ele foi ressuscitado ao terceiro dia. As escrituras nos afirmam isso. O apóstolo Paulo declara em Romanos 8.11: “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” 

Durante o seu ministério, Jesus disse aos discípulos que assim como aconteceu com o profeta Jonas quando esteve no ventre do grande peixe, aconteceria com Ele na terra. A passagem bíblica está em Mateus 12.40: “Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.” 

Já havia sido profetizado de que Jesus seria ressuscitado de entre os mortos, se tornando primícias dos que dormem em Cristo. Em I Coríntios 15:20, está escrito: “Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.” E tudo isso, para que o nosso espírito, quando deixarmos este mundo, possa estar seguro junto ao Pai, o Pai da eternidade. 

Que Deus abençoe você e sua família e até a próxima! 

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