Amados amigos e irmãos em Cristo, que a graça do Senhor Jesus esteja sempre em sua vida. Mais uma vez estamos aqui para compartilharmos com você uma palavra de amor, fé e esperança. A passagem bíblica para a nossa meditação está registrada em Josué 9.14: “Então os homens de Israel tomaram da provisão deles e não pediram conselho ao SENHOR”.

O texto bíblico que lemos está enfatizando uma situação bastante difícil para o povo de Israel. Na época, os israelitas estavam ao comando de Josué e acabaram sendo enganados por um povo de Gibeão, chamado de gibeonitas, frente a um acordo que eles fizeram com aqueles povos.

Os israelitas tomaram essa decisão sem antes consultarem ao Senhor, e tiveram que pagarem um alto preço por esta atitude. Quando Deus, através de Moisés, tirou o povo de Israel do Egito, o Senhor os levou ao deserto, e posteriormente, na peregrinação, após atravessarem o Jordão, os conduziu à terra que Ele havia prometido a dar ao povo de Israel, a terra de Canaã. Só que a terra era ocupada por povos idólatras, entre eles, os cananeus, os heveus, amorreus, dentre outros povos.

Israel tinha que lutar, derrotar esses povos e conquistar a terra. Israel não podia fazer acordo de paz com essas nações, pois elas eram inimigas de Deus. Em Josué capítulo 9 a partir do versículo 1º, encontramos o início dessa história triste para Josué e o povo de Israel.

No tempo de Josué, Gibeão era habitada pelos heveus, uma das 17 nações cananéias que estavam destinadas à destruição. Os gibeonitas também eram chamados amorreus, como falamos anteriormente, visto que este nome às vezes parece ter sido aplicado de modo geral a todos os cananeus.

Dessemelhantes dos outros cananeus, os gibeonitas se deram conta de que, apesar da sua força militar e da grandiosidade da sua cidade, sua resistência fracassaria porque Deus estava lutando por Israel. Assim, depois da destruição das cidades de Jericó e de Ai (Josué capítulos 6 à 8), os homens de Gibeão, evidentemente representando também as outras três cidades: de Cefira, Beerote e Quiriate-Jearim, enviaram uma delegação a Josué em Gilgal, pedindo paz.

No versículo 4 de Josué 9, declara que esses homens usaram de engano: “Usaram de astúcia, e foram e se fingiram embaixadores, e levando sacos velhos sobre os seus jumentos, e odres de vinho, velhos, e rotos, e remendados”.

Os gibeonitas — trajados de roupas e sandálias gastas, e trazendo odres de vinho rebentados, sacos estragados, e pão ressequido e em migalhas — apresentaram-se como vindo de uma terra distante, portanto, não estando no caminho das conquistas de Israel. Reconheceram que a mão do Senhor Deus estava por detrás do que antes havia acontecido ao Egito e aos reis amorreus, Seon e Ogue. Mas, sabiamente e ardilosamente, não fizeram menção do que acontecera as cidades de Jericó e a Ai, visto que a notícia disso não poderia ter chegado ainda à sua “terra muito distante” antes da sua suposta partida.

Os representantes de Israel examinaram e aceitaram a evidência, e fizeram com eles um pacto para deixá-los viver. E foi justamente aí que Israel tropeçou. Eles foram enganados. Pouco depois, o ardil foi descoberto. Mas o pacto continuou em vigor; rompê-lo teria lançado dúvida sobre a fidedignidade de Israel e causado desprezo pelo nome de Deus entre as outras nações.

Quando Josué expôs a astúcia dos gibeonitas, eles novamente reconheceram que Deus lidava com Israel, o pacto havia sido feito, e então se colocaram à mercê dele. Em Josué 9. 25 à 27, eles, disseram: “E eis que agora estamos na tua mão; faze-nos aquilo que te pareça bom e reto. Assim pois lhes fez, e livrou-os das mãos dos filhos de Israel, e não os mataram. E naquele dia, Josué os fez rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do SENHOR, até ao dia de hoje, no lugar que ele escolhesse”.

Meus irmãos, diante de todo esse cenário, vimos que os gibeonitas enganaram a Josué a fim de fazerem um acordo com ele para que as suas terras fossem poupadas. Após três dias, a mentira foi descoberta e Josué não os matou devido ao juramento que fizeram.

O diabo é o pai do engano e de toda a mentira. Muitas das vezes ele usa estratégias, astúcias, fingimento e a própria mentira como a principal arma, ele usou dessa mesma maneira para enganar nossos pais Adão e Eva, no Éden.

O intento principal dos gibeonitas era impedir que Israel tomasse posse da sua herança. Em Cristo Jesus, Deus já preparou uma herança para você, tenha cuidado para que o inimigo não venha lhe tomar. Em Apocalipse 3.11, temos um alerta de Deus: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

Os gibeonitas fizeram Israel promover uma aliança com eles a qual foi abominável aos olhos de Deus. Se Josué tivesse buscado a direção de Deus, as coisas teriam sido diferentes.

Por mais simples que pareça, em tudo devemos buscar a orientação e direção do Senhor. Pois Deus conhece além da curva. Quando consultamos a Deus, Ele nos dá farol baixo para os pés e farol alto para o nosso caminho, Salmos 119.105: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. Em Mateus 26.41, o Senhor Jesus alertou quanto a vigilância: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca”.

Infelizmente, muitas pessoas são enganadas por se atentarem apenas a palavras agradáveis ou à aparência de santidade dos “gibeonitas” de hoje.

Os israelitas confiaram apenas na percepção. Olharam o rótulo e deixaram de examinar o conteúdo. Os gibeonitas fingiram falar a verdade, se colocaram como servos e usaram o nome de Deus.

Assim como aconteceu com Josué, que se deixou levar pelas as aparências, e fez aliança com inimigos de Deus, inúmeras pessoas tem tomado a mesma direção. A decisão de viver uma vida de independência gera cegueira e sofrimento. Muitas pessoas decidem seus negócios de qualquer maneira, outros casaram com cônjuges totalmente contrários aos princípios da Palavra de Deus, e hoje estão sofrendo, pagando um alto preço através da colheita dos maus frutos resultado da errada plantação. Em João 15.5b, Jesus declarou: “... porque sem mim nada podeis fazer”.

Tomar qualquer decisão, por mais simples que pareça, sem consultar ao Senhor é confiar no braço de carne: Jeremias 17.5: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!”

Que Deus abençoe você e sua família. Até a próxima.

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