O sofrimento que o Messias enfrentaria por nossa causa, havia sido profetizado cerca de 700 anos antes do nascimento de Jesus pelo profeta Isaías. O Messias iria vir a este mundo com a finalidade de salvar o seu povo, e não seria através do uso de espada e guerra, mas sim, por meio da humildade e sofrimento. 

No livro do profeta Isaías 53 versículos 4 e 5 registra o momento da profecia: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” 

A desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no jardim que ficava no Éden, fizeram todos nós herdarmos uma natureza pecaminosa e cheia de corrupção. Com isso, tornando o nosso corpo sujeito a moléstias, resultando na morte de todo ser humano. O preço da nossa redenção seria através do sacrifício e do sangue de nosso Senhor Jesus. “Ele tomou sobre si a maldição completa do pecado, carregando em seus ombros um pesado fardo”. 

Na visão profética, o profeta Isaías via Jesus na cruz, como cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele descreve: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades...” Jesus foi ferido. Isso significa que ele foi punido, castigado em nosso lugar. Ele suportou todo o sofrimento pela humanidade, sendo que Ele não havia cometido nenhuma transgressão. 

Durante Seu ministério Jesus Cristo foi ridicularizado, desprezado e rejeitado pelos líderes religiosos dos Seus dias. Isto foi uma grande parte de Suas aflições antes da crucificação. Seus compatriotas ordenaram à Sua crucificação. Por fim, Ele foi abandonado até mesmo pelos Seus discípulos, que O deixaram sozinho para enfrentar Seu trágico destino. 

“Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos Dele caso algum” (Isaías 53:3). “Veio para o que era Seu, e os seus não O receberam” (João 1:11). Ele suportou todo tipo de sofrimento humano. 

O sofrimento de Jesus se deu em uma sequência, conforme os relatos bíblicos narrados nos evangelhos, principalmente por um dos apóstolos que era médico, seu nome, Lucas. 

Os sofrimentos de Jesus se intensificam quando Ele agora se encontra no Getsêmani. O médico Lucas, conhecedor do corpo humano, descreve com muita propriedade, em Lucas 22.44: “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão”. Era o Filho de Deus derramando o seu próprio sangue, por mim e por você, para que pudéssemos, por meio Dele, ter a vida eterna.

NO GETSÊMANI

Alguns médicos, entre eles, um francês, conhecido por Dr. Pierre Barbet, médico cirurgião, destaca que o único evangelista que relata o fato é o apóstolo Lucas, que na época era médico. E o faz com a decisão de um clínico. O Dr. Pierre descreve que suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessária uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. 

O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele e então escorre por todo o corpo até a terra. 

A FLAGELAÇÃO E A COROA DE ESPINHOS 

O envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede e então ordena a flagelação de Jesus, ou seja, a tortura física. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio.


A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reagem em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. 


Depois, o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar, diz o Dr. Balbet. 

A CAMINHADA ATÉ O CALVÁRIO 

Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesando cerca de uns 50 quilos. O madeiro vertical já está plantado sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega e lhe esfola o dorso.

 

Finalmente, para ganhar tempo, os soldados escolhem um homem na multidão, Simão, que vinha do campo, e puseram-lhe a madeira sobre suas costas, para que a levasse após Jesus. 

A CRUCIFICAÇÃO 

Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata, declara Dr. Pierre. Cada fio de tecido adere a carne viva; ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope (desmaio), mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer. 

Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. 

A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope (perda de consciência). Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará horas. 

O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na haste vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre o madeiro vertical. 

Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que Jesus levanta a cabeça, recomeçam as pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés.


AS HORAS NA CRUZ

Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida em bebida ácida em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. 


Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltoides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. É como acontece à alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis; em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço e os respiratórios. 

A respiração se faz, pouco a pouco, mais curta. O ar entra com um sibilo (ruídos respiratórios), mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico (tipo cor azul). Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. 

Mas o que acontece? Lentamente, com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Por que este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo e a asfixia recomeça. 

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que quer falar, devera elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Que tortura! 

Atraídas pelo sangue que escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las. Pouco depois, o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: "Deus meu, Deus meu, porque me abandonastes?". Jesus dá seu último suspiro: "Está tudo consumado!", e em seguida, "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu e no seu lugar.  

Todo cristão deve realmente se identificar com o sofrimento de Jesus. Através desse sofrimento Ele tornou possível a nossa salvação. Se Ele não tivesse sofrido espontaneamente ao nosso favor, todos nós iriamos perecer por toda a eternidade. Em 2º Coríntios 5:19, a Bíblia declara: “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” 

Agora, tudo só depende de nós, de nossa decisão. Por causa da morte de Jesus na cruz, uma grande herança foi concedida ao povo de Deus. Que Deus abençoe você e sua família. Até a próxima!

VEJA O VÍDEO DO DOCUMENTÁRIO


Fontes/Pesquisas: 

1. http://www.ebdonline.com.br/estudos/sofrimentocristo.htm
2. https://pt.linkedin.com/pulse/m%C3%A9dico-detalha-o-sofrimento-de-jesus-cristo-momento-da-cesar-dantas
3. Bíblia Sagrada de Estudo Pentecostal (CPAD)
4. Bíblia Sagrada com Anotações de Fé (IURD)
5. Fontes diversas
6. Imagens internet